Continuarás a ser o meu confidente,
oh! mar, meu amigo do hemisfério norte,
no teu marear joguei a minha sorte
quando de decidir tive de repente.
Aos teus humores me entreguei tão sómente,
vogando na crista sem destino ou norte
balouça-se a alma num fingido desnorte
vendo-se espelhada na mater impenitente.
Refletes no céu plúmbeo e dormente,
oh! mar, a cor da alma que se sente
carregando devaneios sem cais onde aporte.
Vem na névoa das imagens que tens presente
o beijo de Iemanjá para que seja forte,
o cacimbo e o vento da saudade ignifremente!
16-06-2005
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