E tu Bero, que corres desalvoreado
quando a chuva de verão te aporta,
e saltas em aluvião fora do valado,
diz-me se de minha amada já sabes a porta?
Sei que não posso confiar muito em ti,
mas, Bero, o desejo é fogo e o ar do deserto
traz-me perdido, e se não me guio por ti
sigo outro rumo com o amor aqui tão perto.
Deixa-te de espreguiçar pelo aluvião
e vê da minha ninfa na tua foz,
ouve como me encantou com sua voz!
Como trina acordes que apertam o coração!
Se deres notícia que está à beira mar,
sussura-lhe ao ouvido que morro a amar.
10-06-2005
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