Recordações

Há dias em que vamos pelo rio das recordações
e outros há em que ele vem ter connosco
de surpreza, em conversas para lá do sol posto
no fresco da madrugada em refrescadas emoções.

Há dias que há muitas horas foi à pouco
outros há que muitas horas não aconteceram
e as águas dos rios da alma se perderam
ou dos leitos pedregosos vêm num falar rouco.

Há dias em que as recordações têm tal simbolismo
que a estrutura do ser se abala e abana no sismo
do porquê, por que razão, por que eu?

Outros há em que sem se esperar aconteceu
e de tanta saudade veio muito mais alegria
e quanto mais incompreendido mais consentiria.


20-06-2005

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